sábado, 13 de novembro de 2010

[39]

Desculpem a demora mais uma vez, vou tentar escrever com mais regulariadade, mas não tenho conseguido. O capítulo é pequenino mas foi o que consegui arranjar. E pronto, Lisboa é Lisboa e vai ser sempre Lisboa xD
Beijinho*

Lisboa.

Ryan estava sentado contra a janela gigante que o backstage possuía. Estava de sorriso na cara e nada lhe tirava o brilho dos olhos negros quando mirava atentamente as luzes existentes no exterior do pavilhão. Conseguia até ver o rio e durante o dia até pudera vê-lo de perto! Estava fascinado.
- Mãe, podemos ficar aqui para sempre? – ele perguntou inocentemente quando se voltou para trás e pôde reparar que Bill já entrava pelo camarim.
- Porquê, amor? – Beatriz perguntou com um sorriso na cara ao ver a felicidade do rebento.
- Porque é lindo. – suspirou quase em forma de desabafo e mirou novamente as águas calmas do rio Tejo e as luzes dos candeeiros acesas ao longe.
- Tens razão. – Beatriz aproximou-se e agachou-se atrás dele. – É mesmo bonito.
- Depois vimos cá passar férias! – Tom entrou no camarim ainda a tempo de ouvir o comentário de Beatriz.
- Podemos?! – Ryan correu até Tom, que o elevou no ar, completamente inquieto. – Mesmo?!
- Mesmo! – sorriu-lhe e pousou-o no chão agarrando uma garrafa de água. – Está calor. – fez a observação.
- Calor?! Credo estou a morrer! – Georg entrou e esparramou-se no sofá.
- Portugal é um país que dá calores! – Bill pronunciou-se.
- Isso agrada-me… – Tom sentou-se, brincando com o piercing, e olhou Beatriz de esguelha que se riu da indirecta que ele acabava de lhe mandar.
- Um alongamento para a mesa 3, se faz favor! – Gustav entrou na sala e imediatamente se deitou no chão. Georg riu-se da maneira como o amigo entrava e decidiu-se a parar o seu descanso para auxiliar o amigo, ajudando-o a alongar os gémeos.

A chegada ao Hotel não levou, depois desta cena, mais de uma hora.
- Posso ir lá fora?! – Ryan perguntou, acordando de repente no colo de Beatriz.
- Agora? Estás morto de sono! – ela exclamou.
- Não, estou nada. – sorriu coçando um olho. – Posso ir? – olhou-a.
- Eu vou com ele, vai descansar. – Tom pegou em Ryan e pousou-o no chão dando-lhe a mão e depositando um beijo nos lábios de Beatriz. – Já voltamos. – piscou-lhe o olho e Beatriz sorriu.
- Juízo! – Ryan riu-se e puxou por Tom.
- Podemos ir lá para cima, podemos? Também deve ser bonito como é nos outros sítios!
- Vamos, minorca. – Tom dirigiu-os ao elevador e saíram no último andar, o andar que dava acesso ao telhado.

Tal como todas as outras cidades também Lisboa apresentava uma vista maravilhosa repleta de tráfego, luzes, cores, prédios e monumentos. Ryan sorriu e correu até à ponta do telhado, ouvindo Tom pedir-lhe que tivesse cuidado. Pendurou-se e riu-se ao sentir o vento que corria fazer-lhe cócegas na cara. Podia estar farto de todas aquelas viagens estranhas que tinha que fazer e podia estar cansado de tanta coisa nova que nunca pensara que existisse, sim podia mas estes momentos conseguiam encher-lhe a alma com a pureza que ele ainda possuía pelo simples facto de ser uma criança amada.

- Se cais esfolo-te! – Tom chegou-se a ele e agarrou-o pela cintura colocando-o ao seu colo. Ryan riu novamente e encostou-se o mais que conseguia a Tom. Estava sempre bem nos braços dele.
- Podemos mesmo vir para aqui passar férias, papá?
- Claro que sim. Eu também gosto muito de Lisboa. – pousou o queixo sobre os cabelos negros do filho.
- Boa. – fechou os olhos por instantes e quando os voltou a abrir apercebeu-se de que no meio de tantas luzinhas conseguia distinguir uma específica no céu. Uma vermelha e… - Está a andar! A luzinha está a andar! – disse repentinamente apontando o céu pouco estrelado naquela noite. Tom olhou também.
- É um avião. – explicou com um sorriso.
- E o senhor vê para andar com o avião?
- Sim, tem equipamentos próprios.
- Ah, e a luzinha? – perguntou fixando a luz acender e apagar ao mesmo tempo que se deslocava.
- É para outros aviões e as pessoas o conseguirem ver. – disse.
- Ah… - estava perto do fascínio. Sentiu o vento novamente na cara e deixou-se aconchegar por Tom. Em breves minutos estaria totalmente adormecido.

(…)

Sinceramente já não lhe fazia diferença fazer aquele trabalho mas o facto do próprio patrão lhe chamar Hannah quando estava prestes a vir-se não lhe dava assim tanta pica quanto isso. Saltou palco fora e, como grande parte das noites se habituou a fazer, dirigiu-se ao escritório de Charles.

- Boa noite. – a voz sensual do costume aproximara-se do seu ouvido de forma quase inaudível e não conseguiu conter um sorriso ao sentir as mãos atrevidas e hábeis de Marinne deslizarem pelas suas calças abaixo, mais especificamente pelas suas partes íntimas abaixo.
- Não era suposto satisfazeres os clientes? – ele perguntou, agarrando-a por um pulso sentando-a no seu colo e beijando os seus lábios de forma rude e esfomeada.
- Acho que você está primeiro… e é mais importante… - passou a mão pelo seu peito pouco definido - … e é mais maduro, e mais interessante… - parava cada palavra com a combinação da sua respiração e o passar suave dos seus lábios no seu pescoço. - … só depois vêm os seres mais baixos e mais rascas… - terminou beijando os seus lábios, escapulindo uma das mãos para o interior das calças do patrão.
- Gosto disso… – levou a mão às fitas que prendiam as meias rendadas às cuecas mínimas que Marinne usava e rebentou-as à bruta como costumava fazer. Pegou nela e atirou-a sobre a secretária encaixando-se entre as suas pernas morenas. - … Hannah. – acrescentou. Marinne teve um colapso e afastou-o à bruta do seu corpo.
- Seria pedir muito que não me chamasse isso?! Consigo não sou a Hannah, sou a Marinne. – olhou-o furiosamente aproximando-se aos poucos dele, que se mantinha encostado à parede. – Custa muito?
- Não. – ele respondeu meio ofegante pela dominância que Marinne mostrava, estava excitado com isso.
- Então faça o favor! – atirou-se contra ele e rasgou-lhe os botões da camisa arrancando-lha do corpo.
- Faço o favor se tu encontrares a Hannah. – respondeu ao seu ouvido agarrando-a pelo rabo, voltando a pô-la de encontro à secretária e a encaixar-se nela. Rebentou todos os outros pormenores que ela trazia vestidos e não lhe deu tempo aos lábios de lhe responder até ele próprio estar despido o suficiente para se fazer ouvir dentro dela. Penetrou-a. – Encontra-la?! – perguntou a uma nova investida.
- Como quer que eu faça isso? – perguntou trincando os lábios a meio, visto que tentava racionalizar a resposta ao mesmo tempo que os arrepios deleitados começavam a percorrer o seu corpo.
- Inventa. Ela não pode ter desaparecido… - tentou controlar a respiração e abrandou o ritmo a que a possuía - … do mapa. Desenrasca-te e podemos continuar a ter estes momentos. – dobrou-se sobre o corpo suado dela e encostou a cabeça ao seu pescoço. Estava quase.
Marinne não sabia que estado de espírito devia adquirir. Ora se sentia contorcer em prazer e no suor de Charles, como uma raiva descomunal se apoderava de si, escrevendo-lhe no coração que ele a usava. Gritou abafadamente quando se sentiu chegar ao limite e olhou Charles que, apesar de o trabalho estar completo, não saiu do seu interior.

- Procura-la, ou não? – forçou o seu corpo a entrar de forma pesada no dela e ouviu-a gemer, mas desta vez não foi de prazer.
- Sim. – encolheu-se e tentou empurrá-lo, mas nada feito. – Mas o James não a encontra, por raio hei-de eu conseguir? – tentou perguntar.
- Não refutes. – entrou nela novamente de forma bruta. – Faz e cala-te! – Marinne deixou que uma lágrima abandonasse o seu posto escondido e sentiu-se pulsar de forma demasiado intensa por dentro.
- Está bem. – concordou. Charles penetrou-a mais um par de vezes, mas desta vez carinhosamente, o que não dava a entender que aquela parte da cena teria sido antecedida de tortura.
- Obrigado. – beijou-lhe os lábios e vestiu-se, vendo-a sair do seu escritório a coxear.

Soltou uma gargalhada feliz e sentou-se na cadeira, se tudo corresse bem Marinne iria procurar por todo o lado possível e imaginário e Hannah seria sua em breve.

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