quarta-feira, 24 de novembro de 2010

[40]

Peço desculpa outra vez, mas o tempo é curto. Hoje não tive aulas consegui adiantar um bocadinho e vou ver se consigo mais qualquer coisita. Espero que não desistam da história, btw está quase no fim não sei ao certo quantos capítulos mas não devem faltar muitos. Quando acabar de a escrever mesmo eu aviso (:
Beijinhos e obrigada*


A última semana de concertos realizada por toda a parte na sua terra Natal tinha passado a voar. Tom não se conseguia mentalizar que dentro de duas horas, talvez nem tanto, deixaria a namorada e o agora seu filho em casa e iria voltar à sua, depois de dois meses de ausência. Encostou a cabeça ao banco da carrinha e deixou-se deslizar até ao ombro de Beatriz. Não conseguia conter as saudades que tinha da mãe e dos seus cães, afinal não puderam ir em Tour consigo depois de tudo acordado para isso.
Não se conseguia realmente mentalizar no fim daquele período nem que a vida a que se habituara a levar todas as manhãs chegara ao fim.

[Flashback]

Mexeu-se na cama e apertou-a mais contra si. O calor que emanava das costas dela e que cobria o seu peito naquela manhã fria, conseguia acalmar os seus sentidos e dar-lhe os bons dias de maneira especial. Puxou mais o corpo para cima e afastou os cabelos vermelhos de Beatriz do seu pescoço e depositou-lhe um beijo suave, terno e apaixonado sobre ele.
Beatriz soltou um gemido extremamente feminino e ensonado, e isso fê-lo sorrir e repetir o gesto.
- Bom dia… - Beatriz sussurrou quando se virou para Tom.
- Boa dia, amor… - era o habitual cumprimento de todas as manhãs. Não negava a ninguém que estivesse em seu redor que aquela era a mulher da sua vida, a sua primeira grande paixão e o seu primeiro grande amor. Era isso que ela era para quê escondê-lo?
Beatriz aninhou-se no seu peito e beijou-lhe o pescoço.
- Que horas são?
- Horas de me levantar.
- Já? – olhou-o e Tom beijou-lhe a testa.
- Não tenho a sua vida, sabe? – falou como se tratasse de uma das mais altas figuras do Jet Set. Beatriz riu-se a alto e bom som. – Acorda o teu filho e depois queixa-te! – limitou-se a dizer puxando-a para cima de si.
- Quando ele acordar, acordou. – disse simplesmente beijando-lhe os lábios, sugando-lhe o inferior. Tom riu-se da sua simplicidade de resposta e da maneira única como ela se conseguia expressar sem às vezes dizer nada. Fascinava-se com aquela mulher a cada vez que a olhava, tocava, beijava ou ouvia falar.
Ao recordar-se da primeira vez que a viu, nunca diria que aquilo que acontecia todas as manhãs numa qualquer cama de Hotel ou do TourBus, poderia algum dia realizar-se. Às vezes ficava mesmo parvo com estas situações. “A vida dá cada volta.”
Deixou os pensamentos de lado e obrigou Beatriz a levantar-se e a tomar um duche consigo naquela manhã.

[/Flashback]

Quando deu por si, tinha Beatriz a sussurrar-lhe qualquer coisa ao ouvido que não percebia. Endireitou-se e apercebeu-se que tivera adormecido embrenhado em pensamentos e que a casa de Beatriz, Sofia e Ryan acabava de ser o destino concretizado.
- Já chegámos. – Beatriz informou-o.
- Tenho sono. – Tom refilou aninhando-se novamente no ombro dela. – Posso dormir contigo? – perguntou infantilmente.
- Claro que sim, mas não queres ir a casa? – perguntou.
- Vou amanhã. – respondeu encolhendo os ombros. Assim ficou acordado, tal como Bill, Tom passaria a noite em casa das raparigas.

(…)

Marinne dirigiu-se ao seu camarim depois do trabalho daquela noite com um cliente especial dito normal, terminar. Há uma semana que não tinha dirigido corpo ou palavra ao seu patrão e o porquê, para ela, era óbvio. Depois daquela discussão marada entre ela e Charles e o facto de ter que encontrar Hannah o mais rápido possível, tinha-lhe tirado o apetite sexual todo por ele. Podia ser uma boneca insuflável para muitos, mas para Charles nunca o seria sem ter o próprio consentimento. Podiam tratá-la como quisessem, mas tinha alguma dignidade e não cedia sexo com este tipo de condições. No entanto, aquilo que sentia pelo seu patrão pouco adorável obrigava-a a fazer esse trabalho, e o mais interessante é que tinha feito progressos. Descobrira onde Hannah vivia e com quem e, apesar de não parecer muito, todas as noites quando saia do trabalho dava uma espreitadela à sua rua. Ria-se feita estúpida do que andava a fazer, mas em certo ponto dava-lhe gozo. Hannah nunca poderia ficar com Charles exclusivamente.

Saiu do Magnólia e como era habitual dirigiu-se à rua de Hannah. Achou estranho o facto de uma carrinha de vidros fumados se ter cruzado consigo àquela hora, afinal eram 3 da manhã, teria acontecido alguma coisa?
Variou o percurso da rua e fora do normal entrou num beco sem saída mesmo em frente ao prédio de Hannah.
- Wow. – conseguiu sussurrar quando viu três figuras entrarem no prédio. Se não estava nada enganada conhecia pelo menos duas delas: Hannah e Bill Kaulitz. Não percebia que raio Bill Kaulitz fazia no apartamento de Hannah, mas tentou somar dois mais dois. Bill admitira à relativamente pouco tempo que encontrara o amor da sua vida, portanto a coisa não podia fazer mais sentido ao seu cérebro. Ele apaixonara-se pela inocente mulher fogosa que Hannah era. – É mesmo vaca. – Num passo agora apressado voltou ao interior do clube e entrou que nem furacão no escritório de Charles.

- E bater, oh? – ele falou bruscamente.
- Baixe a bolinha, trago novidades. – encostou-se à parede e desbocou-se de tudo o que tinha visto e de todas as associações que tinha feito. Charles ficara impressionado.
- Aquela gaja anda com um famoso milionário, é isso que me estás a dizer? – ele perguntou.
- Basicamente, ele é bastante famoso no mundo todo e pelo que sei andou em Tour com a banda nos últimos dois meses.
- Mas a Hannah estava fugida há mais tempo… - pensou em voz alta.
- E quem lhe diz que ele não a protegia? Que a obrigou a sair do clube? – supôs. Charles olhou-a com cara de caso. Marinne podia ter razão, podia realmente ter visto aquilo mas também podia estar a intrujá-lo.
- Tens a certeza do que me estás a dizer? Ou isso é só uma manobra de diversão para me comeres novamente?
- Quem tem manobras de diversão para comer seja que rabo de saias for não sou eu, é você. – respondeu directamente. Ele olhou-a, a miúda tinha qualquer coisa que o excitava.
- Ok, então se isso é mesmo verdade vigia a Hannah e o outro e traz-me novidades. – levantou-se da cadeira e apagou o cigarro que fumava no cinzeiro. Dirigiu-se a ela, deixando-a encostada à parede e ao seu corpo. – Queres recompensa? – perguntou arrastando os lábios pelo pescoço dela. Marinne soltou um gemido, já estava satisfeita por aquela noite, não precisava de outro orgasmo, mas já que ele insistia.
- Depende da recompensa, tenho direito o tudo? – ele olhou-a por momentos e despindo-lhe o casaco com uma gentileza pouco própria acenou afirmativamente, dando-lhe passagem até à secretária.

(…)

Tom entrara primeiro que todos no prédio e consequentemente no apartamento. Levava Ryan ao colo, já de pijama vestido, encostado ao seu pescoço a respirar pausadamente. Entrou no quarto do pequeno e pousou-o sobre a cama, cobrindo-o e aconchegando-o, não deixando de lhe dar um beijo sobre a testa tal como se acostumara a fazer todas as noites. Sem saber bem porquê sorriu ao ver a pequena figura que tanto lhe dizia mexer-se e aconchegar-se por ele mesmo. O seu minorca fascinava-o e passado todo este tempo ainda não sabia porquê. Dirigiu-se à sala.
- Por favor vamos dormir, vamos? – perguntou completamente ensonado.
- Sim vamos. – Beatriz riu-se do estado do namorado. – És tão fraquinho.
- Não, - levantou o indicador – simplesmente tenho sono. – refilou. Bill riu-se.
- E queres alguma coisinha especial já agora? – gozou.
- Se te quiseres calar eu agradecia, obrigado. – entrelaçou os seus dedos com os de Beatriz e puxou por ela.
- Não tens de quê, maninho sempre às ordens.
- Lamento, mas não quero nada teu que esteja sempre às minhas ordens.
- Tu nem a dormir deixas o sexo de fora, pois não? – Sofia riu-se, vendo o casal desaparecer para o andar de cima.
- Acho que não! – Beatriz ainda teve tempo de responder antes de Tom arrastá-la completamente para dentro do quarto e poderem descansar a noite inteira.

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