segunda-feira, 29 de novembro de 2010

[41]


Estavam à três dias de volta a casa e tinham combinado ir jantar a casa dos pais dos gémeos. Tanto Bill como Tom não se calavam a dizer que as queriam apresentar como novos membros da família e como as supostas mulheres das suas vidas.

- Ryan, anda cá! – era Sofia que mais uma vez andava a correr atrás do pequeno a tentar que ele lhe devolvesse os sapatos.
- Não! – ele ria-se feliz enquanto corria desalmado à frente dela.
- BEA! – berrou. – CHEGA AQUI! – pediu parando a meio do corredor, encostando-se à parede com uma mão, estava farta de correr descalça atrás de Ryan.
- Que foi? – Beatriz chegou à porta do quarto colocando um brinco.
- Diz ao teu filho que me devolva os sapatos, ou então não saímos de casa hoje. – disse. Beatriz riu-se.
- Ry, dá lá isso à tia Sofia. – disse-lhe numa voz algo autoritária. Ryan obedeceu-lhe.
- Obrigada. – olhou o rapaz e sentou-se na cozinha a calçar os sapatos negros de salto alto.

Não demoraram mais de 20 minutos a acabarem de se arranjar e a chegarem a casa dos gémeos.
- Boa noite. – foi Bill que abriu a porta e imediatamente Ryan lhe saltou para o colo. – Olá, Ryan! – riu-se da reacção do pequeno e voltou a pousá-lo no chão, deixando-o entrar.
Ryan espreitou para a cozinha à procura de Tom mas a única pessoa que viu foi Simone.
- Olá, deves ser o Ryan, não? – ela perguntou pondo-se de cócoras contando que o pequeno se deslocasse a ela. Ryan recuou com um sorriso na cara, não tinha medo mas não conhecia.
- Mãe! – chamou e agarrou-se às pernas de Beatriz.
Tom entrou no corredor, vindo dos quartos.
- Olá, minorca! – falou ao pequeno de cabelos negros e este imediatamente correu até ele.
- Papá. – abraçou-se ao seu pescoço com toda a força que possuía.
- Isso é tudo saudades minhas? – riu-se abraçando-o com o mesmo fulgor. Ryan olhou-o.
- O que é que são saudades? – perguntou. Tom beijou-lhe a testa.
- Quer dizer que sentiste muito a minha falta. – Ryan abriu um sorriso.
- Sim. – voltou a abraçar-se ao seu pescoço.
- Vou ter uma noite bonita ‘tá visto. – riu-se consigo mesmo ao ver que Ryan não o largava por nada. – Olha, boa noite para ti também! – dirigiu-se a Beatriz que permanecia no corredor na conversa com Sofia e Bill.
- Boa noite. – Beatriz sorriu-lhe e beijou-o num toque rápido mas sentido de lábios.
- Assim está melhor. – sorriu-lhe. – Vá meninas vamos conhecer a família. – disse puxando pela mão de Beatriz até à cozinha onde sabia se encontrar a mãe. Sofia e Bill seguiram-nos. – Mãe. – chamou-lhe a atenção.
- Olá! – Simone virou-se e sorriu assim que deu de caras com a figura que se expunha à sua frente – Ficas tão bem com uma criança ao colo, filho.
- Goza, goza! – riu-se.
- Não estou a gozar é verdade! – sorriu, agora ternamente e embevecida ao olhar a expressão do pequeno Ryan.
- É a Beatriz e o Ryan. – apontou os respectivos.
- Prazer. – Beatriz sorriu e cumprimentou Simone.
- Muito bonita sim senhor, Tom!
- Já sabes que eu tenho bom gosto, não sei porque ainda ficas admirada! – riu-se, pousando Ryan no chão que se escondeu nas suas pernas sorrindo a Simone.
- Vai dar um beijinho, filho. – foi Beatriz que encorajou.
- Não quero dar beijinhos. – disse.
- Estás no teu direito pirralho. – sorriu-lhe.
- Posso ser eu agora, óh gordo? – perguntou Bill afastando Tom com a anca.
- Antes gordo que esquelético! Já te olhaste bem ao espelho, mano? Começo a ficar preocupado. – tentou conter o riso.
- Já me olhei ao espelho e estou bom como todos os outros dias. – deu-lhe um murro no ombro e passou com Sofia até ao lado da mãe. – Sofia, mãe, mãe, Sofia!
- Olá.

As apresentações não podiam ter corrido melhor em termos de primeira impressão, também Gördon tinha simpatizado com elas e com Ryan que pouco tempo depois já se dava com toda a gente.
- Então e que têm feito da vida, meninas? – Simone perguntou. Tom e Beatriz trocaram um olhar imediato e cúmplice e ficara imediatamente acordado em não falar de nada que envolvesse o Magnólia, o como de Ryan existir e tudo o mais, essas verdade duras seriam contadas com o passar dos anos, até porque Ryan também não sabia de praticamente nada e não era bom saber no meio daquela conversa.
- Acabei a universidade à uns meses, formei-me em relações publicas e queria ver o que é que conseguia arranjar, gostava de trabalhar no mundo da música, mas não sei. – Sofia deu a sua contribuição.
- E tu, Beatriz? – perguntou Gördon.
- Tenho trabalhado num restaurante/bar desde os 17 anos, que foi quando acabei o secundário e quando os meus pais faleceram. – disse meio abalada.
- Desculpa não sabia! – ele imediatamente se desculpou.
- Não faz mal, - Beatriz sorriu na direcção dele – é algo com o qual me habituei a viver.
- Bem, e sobremesa? – foi Tom que perguntou levantando-se da mesa.
- Há bolo de chocolate no frigorifico, vai lá buscar se fazes o favor. – Simone respondeu e no mesmo segundo Bill levantou-se correndo atrás de Tom em direcção à cozinha.
- A primeira fatia é minha!! – berrou.
- Nem penses! – Tom respondeu de volta.
- Suponho que já estejam habituadas? – Simone riu-se.
- Sim. – elas responderam em coro com uma gargalhada na voz.
- Também quero! – Ryan saltou da cadeira e dirigiu-se a eles, rindo.

(…)

- Não foi muito mau, pois não? – Tom sentou-se na própria cama, olhando Beatriz que entrava agora no seu quarto depois de deitar Ryan no quarto de hóspedes.
- Quem a tua família? – perguntou sem perceber.
- Sim.
- Não, eles foram bastante simpáticos até. – sorriu sentando-se ao lado dele. Tom abraçou-a pelos ombros. – Amanhã vou procurar trabalho. – disse séria soltando-se de Tom. – Preciso mesmo de começar a ver coisas por aí, não posso continuar parada.
- Mas e o outro e as cenas com o clube? – ele perguntou preocupado.
- Vou ter que ligar ao James a perguntar como estão as coisas…
- E? O que é que ele pode fazer por ti?
- Não sei, Tom. E além disso eu não quero que ele continue a ajudar-me, percebes? Tenho orgulho e esse é difícil de quebrar, mas no meio desta confusão toda já o engoli uma data de vezes e não estou disposta a fazê-lo de novo! – levantou-se andando às voltas no quarto. – Preciso de independência total do clube… - parou e olhou Tom - … nem que para isso tenha que me deslocar lá.
- Nem penses! De certeza que ele ainda anda à tua procura! – Tom levantou-se também e agarrou-a suavemente pelos braços. – Fala primeiro com o James e informa-te da situação depois logo vês se lá vais ou não. – abraçou-a – Eu tenho medo de te perder, Bea.
- Eu não te vou largar por nada deste mundo, Tom prometo-te. – sussurrou ao seu ouvido deixando-lhe um beijo no pescoço. – Eu amo-te e isso não muda. – beijou-lhe os lábios de forma lenta e apaixonada.
- Eu também te amo, miúda. – sorriu voltando a beijar os seus lábios, deixando as suas mãos escorregarem até ao seu rabo e puxá-la mais contra si.

Beatriz fez o casaco de Tom deslizar até ao chão e subiu a sua t-shirt de modo a desfazer-se dela e poder apalpar todo o tronco de Tom sem nada a atrapalhar. Tom seguiu o seu exemplo e, desapertando a sua camisa botão a botão à medida que preenchia o seu pescoço de beijos, deixou-a deslizar pelos braços dela até embater abafadamente no chão.
Deitou-a sobre a cama e passou os lábios demoradamente pelo seu peito coberto pelo soutien negro rendado, o que deixava já visível a excitação dela por o possuir e a maneira sensual como aquele piercing o tirava totalmente do sério. Desceu os lábios pela sua barriga e umbigo e beijando o seu baixo-ventre desapertou as calças vermelho sangue de Beatriz. Beijou-lhe as virilhas e descia os lábios pelas suas coxas à medida que lhe despia as calças que pareciam mais justas que o normal. Atirou os seus sapatos para uma das pontas do quarto e sorriu na direcção dela quando finalmente ficou com as calças na mão.
Beatriz riu-se e puxou-o pelo cinto de volta ao seu corpo. Sentou-se sobre a cintura de Tom e percorreu o seu pescoço, peitorais e abdominais com a fome característica que adquiria quando se sentia cada vez mais excitada por ele. Deixou que os seus lábios navegassem por cada pedaço de pele que encontrava e cada vez que olhava na direcção dele conseguia vê-lo contorcer os lábios em puro deleite. Só aquela visão já lhe dava um aconchego pouco normal no estômago. Desapertou as calças largas de Tom e deixou-as cair ao lado da cama. Deixou um beijo sobre o alto visível nos boxers de Tom e voltou aos lábios dele com um sorriso na cara. Estava feliz, estava com ele e isso bastava para a deixar feliz e, neste caso, em puro êxtase.

Sentiu Tom beijar-lhe o pescoço enquanto ganhava tempo para desapertar o seu soutien. Virou-a na cama e explorou o seu peito com toda a determinação e excitação que aquela zona em particular da namorada lhe dava. Sentia-a gemer baixinho ao seu ouvido e passear as suas pelas suas costas dando-lhe múltiplos arrepios fazendo com que o seu corpo chegasse ainda mais longe do que aquilo que já tinha chegado. Alcançou um preservativo da primeira gaveta da mesa-de-cabeceira e desfez-se do resto da roupa de ambos, antes de o colocar e penetrar Beatriz da forma mais lenta que alguma vez se houvera lembrado.

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