domingo, 1 de agosto de 2010

[13]

É duplo porque eu vou estar fora (:


Estava a dois dias de voltar à Alemanha para depois partir para as Maldivas com o irmão e mais tarde envergar numa Tour de dois meses com muitas emoções e surpresas à mistura.

Sentou-se na varanda do seu quarto de hotel enquanto fumava um cigarro e olhava a cidade de Londres. Todas as luzes, todos os carros que passavam por baixo de si, toda a agitação daquela cidade à noite lembravam-lhe Berlim. Focou um pub aí a uns 350 metros da sua varanda de Hotel.
“Magnólia.”
Não evitou o pensamento e, colado a essa recordação, Beatriz. Começava a odiar-se por não ter a coragem suficiente de um homem para voltar a pegar no telefone e ligar-lhe. Ligar-lhe e dizer-lhe tudo sem comer nenhuma palavra pelo meio ou ficar absolutamente atrapalhado quando ouvisse a voz dela de maneiras mais… ousadas! “Não sei como aguentam!” Perguntava-se como é que toda a gente adorava a sensação de estar apaixonado, Tom não gostava! Estar confuso, sempre atrapalhado na presença da pessoa (ou apenas da sua voz), completamente trocado e baralhado, aquilo certamente não era vida para si.
Entrou no quarto, apagou o cigarro no cinzeiro e despiu-se ficando apenas de boxers. Olhou o relógio do telemóvel que marcava 3 e meia da manhã e suspirou.

- Foda-se! És mesmo fraquinho, Tom está confirmado! – sentou-se na cama e pegou no telemóvel digitando o número que já tivera decorado de tantas vezes o ter marcado e não fazer nada com ele. Apertou a tecla de chamar e respirou fundo. Mesmo que não lhe dissesse nada de especial naquela noite, precisava de ter a certeza que assim que aterrasse na Alemanha teria um encontro marcado com ela e aí sim, poderia abrir-lhe o coração e descobrir aquilo que o futuro lhe podia reservar.

**
- Estou? – a voz ensonada de Beatriz fez um sorriso aparecer na cara de Tom e o seu batimento cardíaco confundir-se. Devia acelerar por ser ela, ou devia acalmar por ouvir a sua voz na sua forma mais natural possível?
- Bea… é o Tom. Desculpa as horas mas… - ela interrompeu-o. Sentou-se na cama coçando os olhos.
- Olá, Tom. – um sorriso formou-se nos seus lábios. – Está tudo bem? – perguntou preocupada.
- Sim… desculpa acordar-te mas eu tenho uma coisa pendente para falar contigo. – respirou fundo.
- O quê?
- Eu não quero dizer-te isto pelo telefone por isso… encontras-te comigo quando eu chegar à Alemanha dentro de dois dias?
- Claro que sim! – disse entusiasmada. Tom riu-se. – Ahm, foi demasiado o entusiasmo, não foi? – perguntou rindo nervosamente.
- Foi bom. – ele sorriu.
- Óptimo, é que eu também tenho qualquer coisa para falar contigo.
- Parece-me bem. – disse – Desculpa as horas, volta a dormir. Beijinhos. – despediu-se.
- Não faz mal, Tom. Beijinhos.
**

Pousou o telemóvel sobre a cama e a cabeça na almofada. Ela queria mesmo falar consigo e o encontro estava marcado. Sentia-se bem. Aninhou-se que nem uma criança nos lençóis e adormeceu com um sorriso estampado na cara, mas nunca sem tirar da cabeça o pensamento de que raio ela queria falar consigo, também.

Beatriz voltou ao sono tentando não ficar tão ansiosa pela próxima vez que voltaria a ver Tom Kaulitz. Aquele rapaz que lhe começava a tirar todos os sentidos que possuía e que começava a fazer com que o seu trabalho como objecto sexual não se desse na perfeição. Estava prestes a desistir daquilo, mas para isso teria que pensar em mais qualquer coisa para chantagear Charles e, isso, Beatriz já não sabia como o fazer.

(…)

- BILL! – Tom berrou por ele à porta do quarto. – BILL! – berrou segunda vez.
- Tom. – Bill abriu a porta, ainda em boxers, e completamente atordoado pelo sono. – Que horas são? – perguntou.
- 10. – respondeu. - Tá na ho-ra de ir em-bora! – Tom cantarolou entrando no quarto do irmão.
- Estás muito feliz. – constatou – E está na hora de ir embora para onde? – perguntou – Só tens avião logo à noite. – queixou-se deitando-se na cama novamente.
- Sim, meu querido irmão mas ainda tens que voltar ao pavilhão para o ensaio geral, só depois é que podemos regressar ao hotel e aí sim ir embora!
- Meu, tu estás a ficar com uns discursos esquisitos, Tom. Deixas-me preocupado assim, eu não gosto disso… - comeu metade das palavras. Tom riu-se. – Qual é a graça agora?
- Se experimentares deitar-te como deve de ser eu agradecia. – Bill tinha os lençóis atravessados no corpo e a cabeça a pender de umas das pontas da cama. Ajoelhava-se na altura. – Vais cair! – Tom riu ainda mais.
- Merda. – Bill sussurrou quando aterrou de nariz no chão.
- Estás bem? – Tom aproximou-se dele, ainda a rir, e ajudou-o a sentar-se novamente na cama.
- Dói-me a testa. – refilou massajando a própria testa e o nariz.
- Toma um banho e vem tomar o pequeno-almoço, estamos lá em baixo à tua espera.


- Então? Está tudo dentro dos vossos gostos? – perguntou Jost aos quatro elementos.
- Ya! – Tom sentou-se relaxadamente num dos sofás. – Só tenho que me habituar às posições em que tenho que estar.
- Sim, e ao calor que aqueles fatos fazem, mas são tão lindos! – Bill tinha os olhos a brilhar.
- Digo-vos que o fogo me mete medo! – disse Georg. – Aquilo é quente como tudo!
- E isso mete-te medo, Hobbit? – gozou Gustav. – Fraquinho, pá!
- Não é essa a questão… - disse muito senhor do seu nariz - … simplesmente já apanhei um susto com o vídeo do “World Behind My Wall”!
- Oh, mas isso também eu! – era Bill. – Tive a sensação que tinha ficado sem metade do cabelo, credo! – pôs as mãos na cabeça e apalpou o próprio cabelo de forma a ‘protegê-lo’.
- Tu e eu! – era Tom – Coitadas das minhas tranças!
- Há um ano atrás ouvia-te dizer isso para as rastas e que nunca as ias tirar e que ai meu deus eu não vivo sem elas!! – Georg riu-se. Tom fez-lhe um olhar cínico e procurou à sua volta a ver se encontrava alguma coisa para lhe atirar mas não encontrou.
- Que é feito das almofadas? – perguntou.
- Aqui. – Gustav elevou uma no ar.
- Manda! – Gustav atirou-lha à cara. – Olha menos! – riu-se para a almofada. – Toma!! – atirou-a à cara de Georg.
- Se não fizesses nenhuma estavas doente! – riu-se. – E bem podes ir buscar mais almofadas se quiseres atirar-mas porque esta vai ficar aqui. – informou pondo a almofada atrás das costas.
- Parvo. – olhou-o sussurrando.
- Sim. – sorriu-lhe feito puto, sabia que isso o provocava.

1 comentário:

  1. Estes dois estão mesmo apanhadinhos :3
    Tens de arranjar uma namorada para o Billzéco x)
    Os diálogos entre a banda têm tanta piada *w*

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