sábado, 9 de outubro de 2010

[30]

Ora cá está ele. Não veio de manhazinha porque a minha pessoa teve que ir tirar sangue, lamento. Mas pronto, aquilo até é giro xD Bem, próximo quarta-feira, ou antes (:


Não fazia ideia de se ela estava em casa ou não, se estava sozinha ou não mas tinha que se arriscar e tentar.

- James? – não sabia identificar que exclamação ou interrogação era aquela. Beatriz parecia surpreendida e ao mesmo tempo totalmente descontraída.
- Olá, boneca. – sorriu-lhe.
- Entra. – ela deu-lhe dois beijinhos na face e acompanhou-o até à sala. – James, é o Tom. – apontou o namorado que estava sentado no sofá a comer uma taça de cereais e a ver desenhos animados.
- És tu que és o felizardo? – sorriu cumprimentando Tom com um aperto de mão. – Prazer.
- Igualmente, a Bea fala bastante de ti. – voltou a sentar-se, desta vez com Beatriz ao seu lado e James no outro sofá. James sorriu.
- O assunto que me trás cá não é assim tão cor de rosa… - apontou o casal - … o facto de não compareceres no clube está a deixar-nos de escassos clientes e o Charles começa a ficar lixado. – Beatriz engoliu em seco e encostou a cabeça para trás. Já estava à espera daquela revelação há tempo demais mas ainda assim parecia que aquilo tinha caído que nem uma bomba relógio no seu estômago e queria explodir a qualquer momento.
- O que é que ele pensa fazer se ela não for? – foi Tom que perguntou de imediato ao ver a reacção de Beatriz, iriam ter uma luta difícil e sangrenta pela frente, ou pelo menos ele assim o previa.
- Não sei, ele não me disse. Só me disse para te encontrar e levar-te. Eu já menti umas quantas vezes e…
- E vais continuar a fazê-lo, certo? – fora Tom que interviera novamente preocupado. – Ele não a volta a ver! Não depois do que ele lhe voltou a fazer!
- Calma… - Beatriz pousou-lhe a mão sobre o peito, travando-o. Tom não iria medir nada antes de avançar, se não fosse controlado a tempo a coisa iria acabar mal. - … o James é de confiança, de certeza que ajuda. – olhou o melhor amigo. – Certo?
- Certo. Mas… o que é que ele te tentou fazer…? – perguntou, afinal julgava que Beatriz saíra de vez do clube por causa de Tom. Beatriz suspirou.
- Tentou violar-me… - as palavras custavam a sair-lhe dos lábios, e parecia que feriam cada vez mais. Não tinha nada esquecido e a ferida continuava aberta, só queria que mais ninguém a impedisse de fechar de vez.
- Cabrão! – fechou o punho, cravando as unhas na própria mão. – Ele não se toca? – perguntou controlando-se.
- Acho que não, se o fizesse ela não estava no ponto onde está hoje! – disse Tom, deitando mais lenha para a fogueira.
- Isto não pode continuar, ela precisa de sair mesmo daqui ou ele vai encontrá-la! – James continuava.
- Importam-se de não falar como se eu não estivesse aqui, ou é pedir muito?! – estava mais que enervada com toda a situação que se passava consigo e à sua volta por causa de si, era escusado duas das pessoas mais importantes na sua vida estarem a discuti-la como se ela não existisse!
- Desculpa. – Tom abraçou-a pelos ombros e Beatriz escondeu a cara no seu pescoço. – Ela vem comigo. – esclareceu. – Comigo fica a salvo, ele não lhe toca. – respondeu confiante.
- E o puto? – perguntou. – Nunca se sabe o que é que el…
- Nem acabes! – Beatriz levantou-se repentinamente. – Eu nem quero saber se ele me mata, mas no Ryan ele não toca!! – Tom olhou-a. Ela protegia o filho com unhas e dentes e com as forças que às vezes nem sequer tinha. Isso de certa maneira fascinava-o.
- Não vai acontecer nada ao Ryan. – Tom assegurou levantando-se abraçando o corpo de Beatriz que tremia tal eram os nervos por falar do filho metido naquela salganhada. Beijou-lhe os cabelos ruivos. – Vai tudo correr bem. – James olhou a cena enternecido, Beatriz estava em boas mãos.
- Promete-me. – pediu. Tom ponderou o assunto, mas a resposta era hiper fácil.
- Prometo.

James sorriu. – Vejo que ficam bem, e não se preocupem eu protejo-vos enquanto puder. – deu um beijo na cabeça de Beatriz e fez sinal a Tom, saindo do apartamento.

(…)

- Ah! – o espanto pelo enorme autocarro parado à porta do estúdio dos Tokio Hotel em Hamburgo deixara o elemento mais novo de toda aquela Tour, no mínimo, surpreendido.
Gustav, abraçado à cintura da rapariga com quem mantinha uma relação há alguns meses e a que apelidava de namorada, não pôde deixar de sorrir ao ver o espanto reflectido na cara do pequeno.
- É grande, não é? – Ryan deu um passo atrás. Conhecera Gustav, Georg e David naqueles curtos 30 minutos em que ali estavam e a confiança não se tinha revelado da mesma maneira que acontecera com os Kaulitz. Estava receoso pela pergunta feita e não sabia propriamente o que responder, logo continuou a recuar até Georg o amparar.
- Ainda vais cair, puto. – sorriu-lhe. Ryan olhou-o recuando agora até Gustav.
- Vocês não me assustem a criança! – foi Beatriz que vinda do interior do estúdio viu a cena. Conhecia o filho e aquilo era a normal reacção a desconhecidos. Nunca soube o porquê mas certamente seria a timidez a falar mais alto, ou então a empatia que ela acreditava existir ao primeiro contacto. De qualquer das maneiras não sabia e até que nem vivia mal com isso, afinal Ryan não desatava num choro infindável por este tipo de coisas.

Ryan olhou-a vendo-a aproximar-se de si e esticou os braços de modo a chegar ao seu colo o mais rapidamente possível.
- São amigos, Ry não te vão fazer mal. Fazem música com o Tom e com o Bill… - explicou-lhe e Ryan abriu um leve sorriso. Até gostava de música, só ainda não sabia se gostava da música que eles faziam.
- ‘Tá bem. – a típica concordância de uma criança de três anos fez-se ouvir e uma voz feminina ecoou, vinda de trás de si.
- Beatriz. – era Claire que se aproximava sorrindo a Georg.
- Oh, olá! – sorriu pondo Ryan no chão que se dirigiu em flecha a Tom e Bill que saiam do estúdio. – Também vens? – perguntou referindo-se à Tour, assim que a viu cumprimentar Georg com um beijo nos lábios.
- Não, tenho que trabalhar. – sorriu-lhe. Estava feliz. Tinha deixado o clube na melhor altura possível sem que ninguém lhe chateasse o juízo e tinha encontrado um emprego como secretária numa pequena firma em Berlim, já para não falar que Georg voltara à sua vida elevando-a a um nível que, depois do que passara naquela espelunca (que, tal como Beatriz, chamava ao Magnólia), nunca pensara chegar. – Está tudo bem? – perguntou.
- Sim. – encolheu os ombros. Claire voltou a sorrir-lhe e perdeu-se apenas nos lábios do baixista que teria que deixar de saborear durante dois meses.
- Vamos? – David saiu apressado do edifício, seguido por Sofia. – Estamos a ficar atrasados. – avisou olhando os presentes. De todos os que ali se encontravam apenas os gémeos levariam acompanhantes, por enquanto. Ao que parecia a namorada de Gustav, Emily, iria ter com eles umas semanas mais tarde.
- Vamos que eu estou entusiasmada! – disse Sofia que, de facto e notava-se bastante bem, estava entusiasmada.
- ‘Bora, não vamos deixar a rapariga em desgosto! – Tom mandou a piada.
- E tu que não te viesses com essas! – Georg ripostou com um sorriso perverso.
- Hey! – disse autoritariamente. – Há aqui menores! – apontou Ryan que se divertia com uma bola pousada sobre a pouca relva ali existente.
- Ele nem ouviu. – Georg encolheu os ombros olhando o referido.
- Ahm, podemos ir? – era Bill – Sabem eu não quero apressar ninguém mas já devíamos ter saído há uns… - olhou o relógio de pulso que por milagre estava certo no fuso horário - … 12 minutos e mantemo-nos em terra. – Tom olhou-o.
- Ao menos o relógio que te sirva para mais qualquer coisa que apenas estilo. – respondeu ao irmão.
- Ora que até parece… - refilou elevando a sobrancelha esquerda.
- Ryan! – Tom chamou-o nem ligando ao irmão.
- Adoras ignorar-me! – Bill cruzou os braços em claro amuo.
- E tu adoras que eu te ignore! – Tom ripostou com um sorriso infantil nos lábios. Bill ficou a remorder qualquer coisa e acompanhou a namorada até dentro do autocarro. Tom, Beatriz e Ryan seguiram-nos e os restantes fizeram o mesmo depois de se despedirem das respectivas.

Apesar da existência de dois TourBus para a banda, a primeira parte da viajem seria feita no mesmo para os rapazes e as ‘visitas’ poderem acertar certos e determinados pormenores.

Sofia e Ryan partiram imediatamente à descoberta do grande autocarro e puderam identificar as suas coisas pessoais sobre as diferentes camas individuais espalhadas pelos três compartimentos existentes.

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