segunda-feira, 5 de julho de 2010

[3]






Não aguentava muito mais tempo, estava completamente submisso àquela rapariga que estava ajoelhada à sua frente. Todos os seus movimentos de língua o deixavam emerso nos próprios gemidos, podia tentar controlá-los mas já nem para isso tinha forças, ou ela parava ou durante aquela noite o seu membro explodia antes do tempo.
Puxou-a pelo pescoço em direcção aos seus lábios e deixou que as suas mãos perscrutassem cada pedaço de pele dela. Aquele corpo que tanto lhe dizia e que, naquela noite, seria seu por completo matava-o aos poucos. Levou os lábios ao seu ombro e, num movimento brusco de perícia deitou-a na cama.
Beatriz olhou-o. Afinal, talvez tivesse uma má impressão do rapaz, mas agora era o momento da verdade, e a esse ele não podia faltar. Sentou-se na cama e cruzou as pernas, vendo-o colocar o pedaço de látex que tantas vezes lhe salvara a vida. Passou as mãos pelo próprio peito num olhar guloso na direcção dele e levou dois dedos aos lábios. Se era sexo que queria, era sexo que ia ter. Dirigiu-se a ele num passo acelerado e firme, e encostou-o à parede, por muito que ele quisesse quem mandava ali era ela.
- Não… - Tom leu-lhe os pensamentos e virou o corpo dela contra a parede num acto bruto, que a fez fechar os olhos, talvez com dor ou prazer, ou até quem sabe uma mistura dos dois. Fê-la posicionar-se na sua cintura e impulsionou a sua pélvis contra a dela. Sentiu um grito agudo aos seus ouvidos e um desencadear de adrenalina ser libertada no seu sangue, que quer fosse pela velocidade ou pela quantidade que lhe corria nas veias, parecia queimar.
Era ele quem mandava.
Investiu nela até sentir o seu corpo quebrar, até sentir as suas pernas dar de si e ouvir-se gritar como à muito tempo não gritava. Cravou as unhas na cintura da rapariga e sentiu-a cravar as dela nas suas costas quando, também ela sentiu o derradeiro orgasmo percorrer o seu corpo da cabeça aos pés.

Beatriz estava deveras impressionada, aquela rapaz famoso deixara-a arrebatada e com pouca força nas pernas. Nunca ninguém lhe tivera transmitido este tipo de sentimento, se é que lhe posso chamar isso.

Tom deixou que as respirações amainassem e, antes que ele pudesse ter tempo de dizer fosse o que fosse já ela estava vestida e pronta para sair do quarto.
- Já vais? – perguntou com os olhos esbugalhados vestindo os boxers e procurando pelo quarto as restantes peças de roupa.
- Querias que ficasse para dormir contigo era? – gozou-o, no entanto a voz sensual que usava nunca desaparecia, já era demasiado normal.
Tom olhou-a efectivamente parvo. E agora resposta para ela? Não tinha. Olhou novamente o corpo dela e deixou que se evaporasse pela porta. Acabou de se vestir e quando sentiu os saltos dela ecoarem pelas escadas abaixo, sentou-se na cama de cabeça nas mãos e cotovelos nos joelhos. “Que mulher!”


(…)



- TOM!! – Bill chamava o irmão pela décima quinta vez naquela manhã. – Que caraças meu mas… - entrou de rompante pelo quarto do irmão, dando com ele atravessado na cama, meio tapado pelos lençóis verdes da cama de casal. - … eu não acredito! – levou as palmas das mãos à cara e suspirou. – TOM!!! – berrou novamente, mas desta vez aos ouvidos dele.
- Han? Quem morreu?! – perguntou rapidamente trocando-se todo, saltando na cama.
- Mais um bocadinho morria eu e era de seca! – disse apontando-lhe um dedo à cara. Tom focou o dedo e seguidamente Bill.
- Han? – perguntou sem perceber. – E tira-me esse dedo da frente! – deu uma chapada na mão de Bill desviando-a, e voltou a deitar o corpo para trás, aninhando-se.
- TOM KAULITZ LEVANTA-TEEE! – já estava irritado, se havia pessoa que o irritasse desta maneira e logo pela manhã, só podia ser o seu gémeo.
- Bill. – chamou sentando-se vagamente na cama, desviando os lençóis exibindo os boxers negros justos que envergava.
- Não me chateies. – estava prestes a sair do quarto. – Mexe-te!
- Bill. – chamou novamente levantando-se e olhando o irmão.
- Que é que foi? Importas-te de acelerar o passo? Temos encontro marcado no estúdio! – disse-lhe com um ar de enfadado e responsável pelo meio.
- Tive a melhor noite da minha vida! – disse com um sorriso.
- Bem, não me digas que tomaste outra vez viagra, Kaulitz? – olhou-o seriamente.
- Não. – riu-se. – E sabes que só fiz isso para não tomar outra merda mais forte, não tenho culpa de ter as hormonas trocadas cada vez que me aparece uma gaja boa à frente! – refilou.
- Vais… - foi interrompido.
- A gaja do bar é… é qualquer coisa do outro mundo! – disse fazendo olhinhos.
- Tom… - pôs-lhe as mãos nos ombros. - … vai tomar um banho e encontra-me na sala. – deu-lhe uma estalada ao de leve na cara, o que o fez acordar, tal como Bill previra.
- Ok, mas não precisas bater! – massajou a face e dirigiu-se à casa de banho do quarto.


*


- Tu também estás assim? – Bill olhou parvo para Georg assim que o encontrou esparramado no sofá do estúdio com cara de sonhador.
- A noite foi boa? – perguntou Tom com um sorriso, mandando-lhe as pernas para o chão de modo a se sentar, também ele, no sofá vermelho.
- Se foi! – respondeu Georg. – A gaja era… meu deus era qualquer coisa de especial! – Tom riu-se.
- Então tens que experimentar a Hannah!
- Ai tenho?
- Tens… - disse sonhador, mas para consigo não para com o amigo. Hannah seria sempre sua. - … amanhã voltamos lá.
- Siiim! – concordou o rapaz de cabelos castanhos.

Bill abanou a cabeça da esquerda para a direita. Mas quem é que gostava de se enfiar num bar nocturno várias noites seguidas? Bem, vindo daqueles dois já era de esperar tudo.
- Pessoal! – era David – O trabalho espera-vos!


(…)


- Já aqui? – James perguntou ao ver Beatriz entrar na sala com um grande sorriso nos lábios.
- Já, porquê? – perguntou confusa. – Não é normal ser rápido?
- É normal, mas aquele era famoso… e ao que me pareceu vocês deram-se muito bem… - constatou com um sorriso gozão nos lábios.
- Oh, vai dar uma volta! – sentou-se cruzando as pernas.
- Só depois de me contares! – cruzou os braços e encostou-se à parede. Ela olhou-o. – Então, é bom ou não?
- É bom, é. Só não sei qual deles era… Era o Tom ou o Georg?
- Acho que era o Georg… - disse o James. - … mas não tenho a certeza. Qué feito da revista? – perguntou revolteando as coisas.
- Não sei, mas tu viste as fotos? – disse.
- Sim.
- Então sabes quem é quem…
- Não tenho a certeza, mas acho que quem esteve contigo foi o Georg…
- Tá bem, mas também não interessa. – encolheu os ombros e esticou-se no sofá. – Ele não deve voltar.
- Será?
- Não sei, posso dormir agora? – perguntou.
- Podes. – ele riu-se e saiu ainda a matutar em quem realmente era que estivera com Beatriz. Não tinha certezas, mas provavelmente ela estaria correcta e eles nunca mais iriam voltar.

1 comentário:

  1. A Bea e o Tom coise 8D
    É o Georg.. é! --, Quando fizer anos eu dou-lhe uns óculos (H)

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