quinta-feira, 22 de julho de 2010

[9]


Beatriz tinha deixado uma mensagem no telemóvel de Sofia a avisar da situação. Estava de pé atrás em sair com Tom assim e deixar, mais uma vez, Ryan às mãos de Sofia. Confiava nela a sua própria vida mas, não seria já demais a rapariga estar sempre a “tapar os seus buracos”? Desligou dos pensamentos ao ouvir Tom falar-lhe.
- Estás a leste. – ele reparou.
- Desculpa, estava só a pensar em coisas sem interesse nenhum. – sorriu-lhe.
- Sem interesse? Duvido.
- Acredita.
– riu-se e a conversa estancou, afinal tinham chegado.

- Wow. – fora Beatriz que falara, aliás que expressara por um som a admiração que tinha ao estar à porta de um restaurante tão luxuoso como aquele. – Tu não brincas em serviço. – riu-se na direcção dele e Tom sorriu-lhe.
- Vamos entrar. – pousou a mão ao fundo das costas de Beatriz dando-lhe passagem.
Entraram no restaurante e foram conduzidos a uma sala isolada. Tom tinha reservado aquela sala, única e exclusivamente, para eles.
- Isto está vazio… - sussurrou ela para Tom de modo a que os dois empregados de mesa que se encontravam também na sala não a ouvissem.
- Eu sei… - sussurrou também, precavendo-se de os ouvirem, e também para gozar com ela, riu-se. - … reservei-a. – ela olhou-o.
- És mesmo famoso. – riu-se.
- Dizem que sim. – sentaram-se e pediram.

Não posso dizer que o jantar se passou pacificamente, pois os corações de ambos estavam um nadinha fora do normal. Talvez pela proximidade que aquele ambiente tão íntimo lhes conferia, ou então porque talvez fosse um restaurante requintado mas, no meu ver, as arritmias provocadas em ambos não se deviam ao espaço físico mas ao psicológico. Tanto Tom como Beatriz sentiam que entre eles existia um campo magnético que os atraía mutuamente. Seria desejo? Talvez, apenas sabiam que estando na mesma sala sozinhos a temperatura subia, e em flecha!
Beatriz pegou num guardanapo e começou a abaná-lo à frente da cara.
- Tens calor? – disse Tom desviando a gola da t-shirt negra e dourada que envergava.
- E não me pareço a ser a única. – riu-se ao ver o movimento dele.
- Facto, está calor aqui. Que tal irmos até minha casa? – perguntou não se contendo. Tinha estado a noite toda à espera do momento mas parecia que ele nunca mais aparecia. Era verdade que não aguentava muito mais tempo afastado do corpo dela não estando tão próximo dele e não poder saciar a sua fome ali mesmo.
- Ok. – ela concordou simplesmente. Tinha gostado da ideia de estrear a cama de Tom Kaulitz. “Ou será que não vamos para a cama?”. Descansou a mente e voltou a entrar no Audi R8 de Tom.

Tom estacionou o carro na garagem própria para o efeito. Subiram as escadas que davam acesso ao 1º andar e Tom dirigiu ambos os corpos à sala.
- Senta-te. Queres beber alguma coisa? – perguntou cordialmente.
- Tom… - ela elevou o olhar até Tom. Aquele olhar que o deixava sem chão e sempre a pedir por mais. - … sejamos sinceros… - ele olhou-a, não com medo ou receio da aproximação por palavras que ela fazia de si, mas completamente dominado pela quantidade de adrenalina que aquele tipo de olhar fazia disparar no seu sangue. - … não estamos aqui para beber alguma coisa. – aproximou o corpo do dele e sentiu Tom ladear a sua cintura com os braços. – Pois não? – perguntou.
- Não. – Tom sorriu e beijou-a ferozmente. Não se conseguia controlar com o corpo dela a implorar pelo seu daquela maneira tão selvagem, tão própria, tão… tão dela.

Bill pareceu-lhe ouvir movimento e abriu a porta do quarto. Para além de ouvir a voz de Tom ouviu também uma voz feminina. Espreitou do cimo das escadas a ver se conseguia ver alguma coisa, mas tudo o que conseguiu distinguir eram sons abafados e típicos de dois ‘alguéns’ que estavam prestes a enrolar-se, entre eles o seu irmão. Entrou no quarto e tentou fazer o mínimo barulho possível. Só esperava que também eles não fizessem muito barulho porque, pelas horas que eram, Bill iria querer dormir.

Tom pegou nela ao colo sentindo-a entrelaçar as pernas na sua cintura e dirigiu-se às escadas.
- Ai de ti que me deixes cair! – ela brincou, rindo sensualmente contra o pescoço de Tom que, naquele dia em especial, lhe estava a dar mais prazer que o habitual.
- Não confias em mim? – olhou-a nos olhos e estranhou a própria pergunta. Onde é que eles já tinham confiança? Conheciam-se à meros dias, uma semana talvez! No entanto, e ao receber uma resposta afirmativa por parte de Beatriz, sorriu e correu escada acima.
- Tu és doido! – ela sussurrou assim que Tom a pousou sobre a cama de casal suave e rodeada por tudo aquilo que caracterizava Tom. Desde guitarras, à cor que predominava, aos objectos pousados sobre as mesas e secretária, ao portátil branco… tudo naquele quarto lhe indicava um novo traço da personalidade de Tom.
- E posso ser ainda mais. – deitou o corpo sobre o dela e deu trabalho às suas mãos. Percorrer as curvas daquela mulher tirava-lhe o fôlego e dava-lhe vida. Seria possível sentir-se assim?

Beatriz virou-o na cama e deu-se ao prazer de lhe despir o casaco e as t-shirts que cobriam o corpo digno de um Deus. Beijou cada ponto do seu tronco definido e não lhe negou um chupão quando voltou ao seu pescoço. Dirigiu-se aos seus lábios e procurou aquele piercing que tanto de bom lhe dava. Estava muito mais receptiva a Tom naquela noite. É claro que estava sempre, mas tinha uma sensação diferente. Sentia que devia aproveitar todos os toques e todas as pequenas coisas que podia partilhar com ele.

Tom fê-la levantar-se da cama e assim conseguir desapertar-lhe o fecho do vestido. Com as mãos fez o fecho descer, e com os lábios deixou-lhe, também ele, a sua marca no ombro dela. Retirou-lhe o vestido com todo o cuidado, aproveitando para, mais uma vez, percorrer as curvas daquela mulher que lhe tirava os sentidos todos. Desapertou-lhe o soutien sem alças e percorreu os seus seios com os lábios e as mãos. O piercing que ela possuía no mamilo deixava-o cada vez mais excitado.
Sentiu as mãos de Beatriz entrarem pela parte dianteira das calças e não se conteve em suspirar. Deixou-a brincar e, a partir de certo ponto, torturá-lo até onde ela bem quisesse. Estava nas mãos dela estava bem.
Beatriz fê-lo deitar-se na cama e, retirando as próprias cuecas e colocando o preservativo no membro bem firme de Tom, sentou-se sobre ele.
Tom gemeu. Estava novamente dentro daquele corpo que o acolhia de forma tão natural e tão perfeita e que o fazia vir das maneiras mais impensáveis.

Beatriz deu o litro ao trabalhar não só para o seu próprio prazer mas para o prazer de Tom. Subia e descia sobre a cintura dele a uma velocidade excruciante. Ouvia Tom gemer e sentia-o beijar-lhe o pescoço e vagamente os lábios. Ela abriu os olhos, que mantinha fechados, e deparou-se com o sorriso límpido e branco de Tom sobre a sua face. Ele estava ali a escassos centímetros de si, e só essa visão fez o seu coração acelerar. Não era o facto de o estar a possuir a altos graus de prazer que a acelerava, mas o facto de o seu sorriso sincero estar tão perto dos seus lábios. Sentia a sua respiração ofegante sobre o seu nariz e consciencializou o momento. Deslizou as mãos dos abdominais de Tom (onde até ao momento se apoiava enquanto subia e descia sobre ele) e amarrou-o a si pelo pescoço. Beijou-lhe os lábios com uma calma não própria do momento e Tom surpreendeu-se.
Ela estava tão receptiva a si como ele estava receptivo a ela. Seria possível ele estar a…?
- Estou a sonhar… - deixou escapar o pensamento por entre recuperações de fôlegos e de cabeça encostada ao peito dela. - … por favor não me acordes. – Beatriz sorriu e beijou-lhe a testa, sentindo-se no momento seguinte atingir o seu limiar. Respirou pesadamente mas só parou de insistir sobre o corpo de Tom quando o sentiu gemer mais alto e cravar as curtas unhas nas suas coxas. Descaiu o corpo sobre o dele e Tom afagou-lhe a cabeça. Ela sorriu.
- Eu prometo que não te acordo. – riu-se e beijou-lhe os lábios. Tom riu-se.
- Obrigada! – levantou-se e dirigiu-se à casa de banho voltando de boxers e encontrando Beatriz já de lingerie vestida. – Não me digas que vais embora?

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