segunda-feira, 5 de julho de 2010

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- Tom? – Georg chamou-o ao vê-lo de costas para si, na conversa com David Jost.
- Sim? – ele voltou-se. – Ge! Pronto para uma noite em cheio?! – perguntou passando-lhe uma mão pelos ombros.
- Onde é que vocês vão? – perguntou David interessado.
- Ao Magnólia. – disse Tom simplesmente.
- E isso é? – perguntou elevando a sobrancelha esquerda por não perceber.
- É um clube nocturno e maaaan, as gajas são tão boas! – disse Georg babado desenhando um corpo no ar.
- Um clube nocturno?! – David riu-se alto e bom som. – Piraram de vez!
- Devias vir connosco!
- Eu tenho namorada. – sublinhou - E além disso não me vou meter nisso, se vocês são apanhados eu não vou desmentir nada! – avisou.
- Ninguém nos vai apanhar! – disse de imediato Georg.
- Oh sim, deve ser verdade! – apareceu Bill.
- Não agoires! – Tom abriu-lhe os olhos e Bill riu-se.
- Então espera que o vou mesmo fazer! Vocês vão ser apanhados pelos paparazzi e… - foi interrompido por uma almofada mandada pelo irmão.
- Cala-te, puto! – ordenou.
- Tom, tu não me mandas calar! – disse desfeito em gargalhadas. O mais velho suspirou e agarrou no casaco.
- Vou-me! Tu vens-te?! – perguntou a Georg.
- Venho, logo à noite! – riu-se, Tom não percebera o trocadilho perverso que sem querer utilizou e como tal riu-se disso.

Saíram e em poucos minutos estavam à porta daquilo que lhes preencheria a noite novamente.
- Ela vai ser minha. – sorriu interiormente e entrou.
- Han? Disseste alguma coisa? – perguntou Georg.
- Eu? Não. – sorriu-lhe – Vai à procura da tua loira que a ruiva é minha. – Tom passou a língua pelos lábios e focou o palco. Lá estava ela, mais brilhante que nunca, mais boa que nunca.

Beatriz viu-os entrar, vi-os sentar-se e viu o rapaz de tranças negras soltar-lhe um sorriso provocador. “Vou ter brincadeira esta noite.” Sorriu-lhe e não evitou o pensamento.

- A gaja está vidrada em ti! – disse Georg discretamente.
- Eu sei. – Tom sussurrou.
Facto, Beatriz tinha ficado impressionada com a exibição daquele rapaz, tinha ficado algo extasiada com a sua essência e maneira de ser. Parecia o típico bad boy e isso dava-lhe um toque extremamente sensual. Naquela noite, não dançou para mais ninguém senão para ele. Todas as caras conhecidas presentes naquele salão eram reduzidas a ele, mais ninguém. Os seus movimentos acrobáticos, os seus movimentos perigosamente sexuais contra aquele metal começavam a fazer Tom perder o juízo. Se ela demorasse mais cinco minutos em cima daquele palco ele incendiava.

Conteve-se dentro das calças até a ver sair do palco com o típico e característico salto mortal. Tinha-a visto duas vezes e duas vezes ela o tinha levado à loucura… talvez saudável. Olhou para o lado e deu por si sozinho, Georg já tinha dado de frosques, era altura de encontrar a rapariga de cabelos ruivos e olhos negros que pareciam não ter qualquer fundo.
Procedeu da mesma maneira que da última vez. Encontrou um dos empregados, perguntou por Hannah e sentiu-a tocar no seu ombro, desta vez não com um dedo mas com a mão toda.
- Olá… - ela falou, tal como houvera feito da primeira vez.
- Olá, Hannah. – Tom virou-se para ela com o maior sorriso sedutor que, instintivamente, os seus lábios produziam. Estava sedento de a ter, como tal e como que querendo mostrá-lo, agarrou-a pela cintura e fê-la recuar com os lábios encostados aos seus. Esperava encontrar uma parede, mas isso não foi possível. Só parou quando sentiu ambos os corpos caírem sobre uma superfície fofa e macia. Abriu os olhos e descolou os lábios dos dela, dando-lhe a possibilidade de retomar o fôlego e prosseguir as mãos que já estavam dentro das suas t-shirts. Levou as mãos às fitas que prendiam o corpete às meias e, num brusco movimento, rasgou-as.
- Vai ser aqui? – perguntou ela num sussurro, aquele rapaz dava-lhe a volta ao sistema.
- Não achas confortável? – ajeitou o corpo dela por baixo do seu de modo a conseguir desapertar os atilhos traseiros do corpete negro.
- Acho pouco privado. – respirou pesadamente antes de olhar a porta ainda aberta. Ele riu-se. “Tem razão.” Dirigiu-se à porta e fechando-a, trancou-a. – Agora sim. – de sorriso nos lábios encaminhou o corpo já despido em direcção ao de Tom, encostou-o à parede e, achando que já era pouco original ao encontrar-se com ele acabarem sempre numa parede, incitou-o a deitar-se no chão. Ele olhou-a sem perceber a ideia mas fez o que ela mandou. Sentiu o peso dela sobre as suas coxas e os seus lábios navegarem pelo seu corpo com a astúcia de quem já tinha bastante experiência. Agarrou-a pelas ancas e cravando-lhe as curtas unhas nas pernas fez os lábios dela chegarem-se aos seus. O beijo dela tinha qualquer coisa de hipnótico, tinha qualquer droga que o deixava a pedir sempre mais e mais. Havia qualquer coisa nela que chamava o seu corpo, uma atracção iónica, um campo magnético, fosse o que fosse iria querer ter aquele corpo nas suas mãos todas as noites e por várias vezes.
Beijou o seu pescoço e desceu os lábios pelos seus seios brincando com o piercing que ela possuía no mamilo direito, sem dúvida que aquilo o excitava.
Deixou que as suas calças e os seus boxers fossem removidos pelas mãos dela, enquanto os lábios tomavam conta dos seus abdominais, trincando a cada passagem.
Deu-lhe permissão para lhe colocar o preservativo e sem aviso prévio virou-a contra o tapete laranja e penetrou-a com toda a força e adrenalina que o corpo lhe permitiu.
Beatriz gritou e Tom sorriu. Adorava aquilo, adorava ouvi-las gritar aos seus ouvidos e adorava sentir o seu ego aumentar a cada investida no corpo dela.

Ela deixou-se levar pelo ritmo a que a pélvis de Tom se movia. Estava rendida às mãos daquele ser, estava completamente rendida ao seu beijar e à forma como as mãos dele trabalhavam no seu corpo, estava doida tal como ele. Sentiu um suspiro mais denso subir-lhe à boca e, sem querer, pronunciou aquele que pensava ser o nome dele: Georg.
Tom parou instantaneamente e Beatriz abriu os olhos. “Se calhar devia ter estado calada…” pensou.
- O que é que tu disseste? – Tom olhou-a nos olhos deixando de pensar por segundos. Georg? Teria ouvido bem? Ela disse mesmo… Georg? Mas afinal quem era aquela rapariga? Tê-lo-ia confundido com o verdadeiro Georg? Mas como? Eles eram inconfundíveis! E além disso ninguém podia confundir Tom ‘Sex-Gott’ Kaulitz!
- Não te chamas Georg? – perguntou ela ainda sentindo o membro de Tom fazer pulsar o seu interior. Tom elevou a sobrancelha direita e enterrou a cabeça no ombro dela.
- Não. – disse, não diria desmotivado mas talvez um tanto perdido. – Sou o Tom. – investiu nela uma última vez em raiva e levantou-se.
- Desculpa… - ela levantou-se também e olhou-o preocupada - … a sério, não te queria confundir mas nem sequer sabia quem eras… - Tom vestiu-se num ápice, não iria continuar ali, não depois da humilhação. Beatriz aproximou-se dele e levou-lhe uma mão à face. Tom fechou os olhos por instantes, estaria realmente ela a sentir-se mal com isso? – Desculpa. – sussurrou e beijou-lhe levemente os lábios. – Eu compenso-te… - ainda tentou mas já nada feito.
- Talvez numa próxima. – virou-lhe costas e saiu, era por estas alturas que gostava das suas calças largas, sim porque não seria bonito sair à rua com um alto na parte dianteira das calças.
Beatriz vestiu-se e sentou-se no sofá. “Que barraca!!”

Tom pegou no carro e conduziu até casa nem se importando com Georg, ele provavelmente estaria bem servido.
Fritou o cérebro à procura de uma resposta para a confusão de nomes criada. Teria ela procurado por eles os dois e ter confundido os nomes, sem querer?
Pensou em mil e uma hipóteses mas todas elas lhe faziam comichão, nenhuma encaixava numa desculpa plausível.
Arrumou o carro na garagem e entrou em casa, ainda dando de caras com Bill que estava sentado no sofá já meio a dormir, no entanto deu pela sua entrada.
- Já estás aqui? – perguntou.
- Não, é um holograma. – respondeu e dirigiu-se ao quarto.
- Bem, a noite correu-te mal! – gozou.
- CALA-TE! – fechou a porta do quarto num estrondo.
- Wow. – Bill encolheu-se e voltou a pôr os olhos na televisão.
Lá tinha ido o recém-subido ego do Kaulitz sénior à vida.

Beatriz continuava sentada no sofá, e lá continuou até James entrar.
- Então já fizeste tudo?
- Cala-te meu, nem sabes no que me meteste! – levantou-se irritada. Até tinha engraçado com o rapazinho e ele era bom no que fazia, agora provavelmente estava tudo estragado!
- Eu?!
- Sim! Ao dizeres-me que era o Georg o gajo com quem eu dormia!
- E não era? – até teve medo da resposta dela.
- Não! É o Tom! – atirou-lhe à cara.
- Desculpa lá. – riu-se nervosamente – Mas como é que descobriste?
- Porque chamei por ele e não era ele! O coitado deixou tudo a meio e bazou.
- Foi durante…? – fez gestos com as mãos de modo a Beatriz perceber onde ele queria chegar.
- Foi durante, foi. – respondeu vagamente.
- Se calhar era melhor ires para casa, não? E já é tarde… - tentou esquivar-se.
- E vou, mas se fizeres outra destas, meu amigo estás feito! – avisou - Quem fica mal sou sempre eu. – remordeu e dirigiu-se ao apartamento na rua paralela àquela.

1 comentário:

  1. Ai então foi de prepósito! :O
    O Mr. Tom Kaulitz, venha a Portugal que vai muito melhor servido 8D

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